segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A Princesa da Masmorra - Capitulo Um


CAPITULO UM – O CAÇADOR E A CAÇA.
Um daqueles dias quentes na Flórida que nos deixa preguiçoso.
Lutei contra a preguiça, me lembrando de que eu iria me atrasar, isso me animou. Coloquei um vestido preto de mandas compridas de renda, ele era curto, mas não vulgar. Ele era sexy. Uma sandália de tiras grossas de couro preta.  Estava bem produzida para a tal balada que Holly queria que eu fosse.
Não era uma casa noturna comum, ela era glamorosa. Parecia custar uma fortuna, fiquei pensando quanto valia aquele ingresso na minha mão. Holly estava ao meu lado vestindo um vestido tubinho vermelho. Lindo e combinava com seu cabelo loiro e olhos claros. Ela sorria para mim me instigando com um olhar. Do lado de dentro parecia ainda mais luxuoso, como um palácio decorado por um decorador do tipo heavy metal. Couro preto e vermelho nos grandes sofás. Um bar enorme decorado com correntes e os barmans vestiam roupas de couro preto e uma mascara vermelha. Só poderia pensa uma coisa disso tudo. Sexy. As cores predominantes eram preto e vermelho. Eu e Holly parecíamos parte da decoração também, isso me fez rir.
O DJ tocava um remix de um rock dos anos 60. Não sabia ao certo que musica era, mas era familiar.
Um, dois, três, quatro, comecei a perder a conta de quantos copos de whisky, cerveja, tequila, ou sei lá mais o que eu bebi. Meus olhos giravam ao som e as luzes piscando sobre o mar de pessoas na pista de dança do lado de baixo. As pessoas usavam roupas escuras também. Alguns dançavam, outros conversavam ao longo dos sofás grandes.
Mesmo estando tonta vi um homem com um olhar frio e quente em mim. Ele era alto e forte. Vestia uma jaqueta de couro preta, calça jeans e uma camisa branca debaixo da jaqueta. Seu sorriso era largo e branco. Perfeitos dentes alinhados sorrindo para mim. Ele estava rindo por me pegar de surpresa admirando-o?
Senti minhas bochechas esquentarem sob seu olhar intimidador, e fiquei feliz pelas luzes piscando, assim ele não me veria ficar vermelha.
Porra! Aquele olhar era sedutor demais. Meu ventre se contraia em deliciosas sensações. Apenas um olhar e ele me deixava completamente hipnotizada. Não era um olhar qualquer. Era o olhar – sem duvida – mais sedutor que eu já vira. Senti-me totalmente intimidada e seduzida por ele.
Que loucura de sensações e sentimentos. Um conflito dentro de mim. Eu estava me encolhendo sob seu olhar, parecendo indefesa demais para lutar contra um intimidador como ele.
De repente o vi parado a minha frente.
— A jovem donzela me concederia uma dança? – Sua voz também era sedutora e doce. Parecia uma seda vermelha. Ele se inclinou mantendo os olhos nos meus, beijando a minha mão direita cordialmente. Seus lábios eram carnudos e macios, causava-me arrepios na nuca. Ele era seguro nas palavras e nos gestos.
Puta merda! Aquele gostosão estava me convidando para dançar? Engoli o meu espanto junto com a saliva e parecia um nó em minha garganta. Holly parecia estar intimidada também e aprovava com um belo sorriso para mim. Eu sorri para ela e depois para ele. Dei um passo a frente e ficamos cara a cara, seu olhar no meu, sua respiração em meu rosto, sua mãos grande e segura ainda na minha.
— Adoraria dançar com o Senhor? – Minha voz soou serena e sedutora.
Um vulto de espanto passou por seu rosto e logo ele parecia quente novamente. Seus olhos incendiavam.
Uau, eu intimidei aquele homem? Talvez ele não fosse assim tão diferente dos demais.
— Príncipe Robert. A Srtª se chama? – Perguntou ele cauteloso.
Ele não era nem de longe digno de ser chamado de príncipe. Tinha uma ótima aparência – já vi melhores – e ele falava muito bem. Mas seu olhar quente e sedutor me passava à imagem de um grande cretino me seduzindo. Eu adorava esse jogo.
— Princesa Sophia. De qual reinado vossa alteza é? – Minha voz era brincalhona assim como eu estava. Divertindo-me com ele. Se ele queria brincar comigo, bom, eu iria brincar com ele também.
A musica era suave o que nos permitia sentir o corpo colado suavemente ao som romântico. Romântico? Parecia-me uma palavra impropria para aquele lugar, aquele homem, aquelas sensações, talvez erótico fosse melhor.
Por mais segura e intimidante que eu fosse, eu parecia uma vitima sob aquele olhar quente. Um bichinho se escondendo. Por vezes desviei meu olhar do seu, estava totalmente envergonhada. Mesmo com a cabeça baixa próximo ao seu peito, eu sentia seu olhar em mim. Hum, ele cheirava bem. Um cheiro sedutor de flores, cítrico e madeira. Uma combinação perfeita.
— Itália. – Sua voz fez meu olhar encontrar o seu novamente.
Assustei-me quando ele falou depois de longos minutos sem dizer nada. Oh, ele estava mesmo jogando para me provocar.
O álcool ardendo no meu corpo, me deixava mais corajosa que o normal. Deixava-me ousava para enfrenta-lo. Eu queria aquele homem jogado na minha cama. Uau, que pensamento é esse? Que homem é esse que me deixa assim? Eu tinha que dormir com esse homem, ele era tão quente que agitava abaixo da minha virilha.
O seu toque era cauteloso e seguro. Sua mão estava abaixo nas minhas costas, pouco acima do meu quadril. Esperava que essa mão deslizasse mais abaixo.

— Venha! – Uma voz autoritária.
— O que? – Minha voz soou confusa, parecia estar falando sozinha, sussurrando.
Passamos por alguns casais e fomos até o bar. Ele segurava a minha mão o tempo todo me guiando como se eu fosse uma criança perdida. Ele se sentou no banco do balcão do bar, fez um gesto para que eu sentasse ao seu lado. Sentei-me cruzando as pernas vagarosamente sabendo que ele teria uma ampla vista privilegiada da minha farta coxa. Foi o que ele fez, olhou por todo o meu corpo, parando o olhar no meu. Eu sorria triunfante e ele parecia seduzido por meu sorriso.
Aproveitei que ele olhou para o barman e admirei-o melhor sob uma luz mais clara. Seus olhos pareciam iluminados, mas não conseguia ver a cor deles. Pele um pouco bronzeada, cabelo escuro despenteado, corpo forte, coxas grossas espremidas pela calça jeans. Absolutamente sexy.
Meu corpo se contorcia inquieto querendo mais que aquele toque suave. Eu poderia agarra-lo ali mesmo. Iria me saciar em seus lábios carnudos.
— Srtª Sophia, beba! – Mandão. Sua voz combinava com seu jeito rude. Ele empurrou um copo com agua para mim no balcão. Quem ele pensava que era para usar esse tom comigo? Ele estava mais para um pai protetor cuidando de sua filha malcriada.
Senti-me pequena.
Bebi sem dizer nada. Eu precisava tomar um pouco de agua para apreciar melhor o momento. Somente por isso eu não hesitei.
— Você me deixa frustrado. – Disse ele com uma voz baixa, totalmente diferente da sua forma carrancuda.
— E porque eu o deixo frustrado? Tenho que admitir que eu poderia deixa-lo intimidado – parei por um segundo quando seu olhar encontrou o meu — ou seduzido. Tantas outras coisas, menos frustrado.
Ele pareceu incrédulo com o que eu disse. Sua boca estava aberta com um olhar espantado.
— Sim, isso também. – Sua voz estava divertida agora, ele era tão estranho. — Frustrado por você me intimidar, por você me seduzir. Devo dizer que, eu intimido e eu seduzo. Nunca o contrario não da forma como você o faz quero dizer. Você é ousada!
Oh meu deus! Eu o afetei tanto quanto ele me afetou?
Senti um sorriso triunfante em meus lábios. Missão cumprida?
Desci do banco e ele ficou apreensivo. Seu olhar em cima de mim a cada movimento. Aproximei-me dele – sim, eu queria fazer jus ao que ele me chamou. Ousada – e sentei em sua coxa grossa. Passei os dedos nos seus cabelos. Finos e macios. Ele fechou os olhos ao meu toque. Prendeu os braços em volta do meu corpo. Meu hálito quente consolidava com o dele. Sua respiração alterada como a minha. Uma estranha adrenalina pulsando no meu corpo. Meu sexo latejando de tesão. Lábios com lábios. Língua com língua, explorando, invadindo, sugando e saboreando. Um beijo erótico e intenso. Eu o puxava pelos cabelos aproximando-o mais para dentro da minha boca.
Sua boca conectada a minha me fazia quere-lo totalmente dentro de mim. Meu beijo estava mais para uma suplica de desejo. Eu queria ele, agora.
Nossos lábios descansaram ainda próximos o bastante para que ele sentisse meu hálito e o meu sussurro.
— Ousada?! – Minha voz soou irônica.
Ele fez uma cara feia, lábios numa linha reta e um vinculo em sua testa.
— Vamos. – Dessa vez a voz dele era mais doce. Pensei que ele fosse ser grosso como da outra vez.
Quando me mexi senti sua ereção apertada no jeans esbarando na minha coxa. Aproveitei e esbarrei – totalmente proposital e provocante – o meu traseiro em sua ereção. Delicioso. Suas mãos apertaram meu quadril deliciando-se.
Andamos até a entrada da casa noturna e enquanto esperávamos o carro com o manobrista enviei uma mensagem de texto para Holly: Vou conhecer o Castelo do príncipe Robert. Te vejo amanhã, boa sorte :).
Uma grande limusine preta se aproximou. Fiquei de boca aberta. Não era um manobrista, era um motorista particular. Puta merda. Não consigo esconder o espanto no meu rosto.
Todos a nossa volta olhavam para a limusine, me sentia poderosa. Entrei junto com ele. Era incrivelmente espaçosa – nunca havia entrado em uma antes, por isso fiquei admirada como uma criança diante de um brinquedo novo.
Estava perdida com todas essas emoções tão intensas. Tudo porque ele era intenso demais.
Eu tinha absoluta consciência da minha segurança e ousadia, mas também tinha que admitir que as bebidas ajudaram bastante.
Não me importei em olhar para onde estávamos indo. Mantinha o olha baixo para as minhas pernas nuas. O que eu estava fazendo? Ele poderia ser um psicopata doentio, e, no entanto eu estada indo de boa vontade para... Aonde? Sua casa? Motel? Nem isso eu sabia.
Felizmente não pareceu durar nem quinze minutos. Estávamos diante de um enorme portão. Adentro uma enorme mansão. Paredes de vidro na parte debaixo da casa era uma sala de jantar com um enorme lustre. Realmente lindo. Um palácio.
Sua mão apertava a minha me levando para dentro. Depois pela escada e um longo corredor. Eu mal sabia para onde olhar. Eram tantas coisas. Quadros, troféus, colunas de mármore por toda parte e paredes de vidro com diferentes vistas. Ele soltou a minha mão agarrando ambos os lados da minha face beijando meus lábios de forma agressiva, caloroso e excitante. Este homem tinha uma conexão comigo de uma forma tão diferente que jamais sentirá com outro alguém. Arrastava-me em seus fortes braços para dentro de um quarto.  Senti o coxão macio e firme nas minhas costas quando ele me atirou nele. Seu olhar era de um caçador. Eu me sentia como a sua caça.
Post atrasado, mas consegui posta-lo. 
Beijos de Mel...

sábado, 29 de dezembro de 2012

A Princesa da Masmorra - Prólogo


PRÓLOGO
Ela sentia frio, sede e fome. Estava trancafiada em uma cela com barras de ferro largas e paredes de pedras. Sentia se incomodada e abandonada por estar confinada dentro de uma cela.  Estava nua com a carne exposta ao chão de pedra fria da cela. Uma escrava em seu devido lugar.
Tudo ali cheirava a um estranho aroma de ferro, umidade e vela derretida. Havia velas por todos os lados em candelabros nas paredes. Além das velas havia tochas com fogo suspenso nas paredes. Iluminavam aquele lugar abandonado. Era isso que parecia, um lugar abandonado. E era isso que a bela princesa sentia, totalmente abandonada.
Ela esperava. Impaciente que era andava de um lado para o outro contendo suas necessidades, sua vontade e desejo de sair dali. De receber o carinho e aconchego dos braços dele. Continha todo o seu orgulho decidida que aguentaria firme sem se humilhar. Tentava ser durona a maior parte do tempo, e estava fazendo isso agora. Tentando ser durona, fingindo não se importar.
Seu olhar encontrou o dele. O olhar sádico do qual ela tanto gostava. Mais que obediência – já havia se tornado um habito total respeito. – Ela curvou-se diante de seu príncipe, como submissa que era. Isso era tudo que ela era e queria ser. Uma submissa, escrava, um corpo para ser usava pelo seu príncipe. Ela era um corpo e uma alma que coincidiam com o olhar de seu mestre. E apesar de tudo isso, ela era uma princesa. A princesa da masmorra.

Novidade no blog

Eu adoro ler, mas tem apenas uma coisa que supera esse meu amor por livros. Escrever.
Sempre começo uma historia e logo acabo sem inspiração e não termino. Isso é frustrante, mas eu me distraio bastante quando estou escrevendo, e adoro fazer isso. Desde textos, poesias, historias à até musicas. Tenho vinte composições - me orgulho por ter conseguido termina-las. rsrs
Mas chega de papo furado e vamos ao que interessa.
Toda semana irei postar um capitulo de uma nova historia que estou escrevendo aqui no blog. Uma historia BDSM cheia de tudo aquilo que a gente gosta, sexo, humilhação, dor e prazer. Espero que agradem a todos, assim como eu estou bastante interessada por escrever sobre esse assunto que tanto me fascina.
Então é isso, estarei postando hoje o prólogo da historia para vocês ficarem com água na boca, rsrs 
Quarta-feira eu vou postar o primeiro capitulo, e tentar ao maximo postar sempre os capitulos respeitando os dias para tais.

Beijinhos de Mel... e dedico essa musiquinha abaixo (que não tem nada a ver com o post) que eu tanto gosto. Fez parte do meu passado, presente e com certeza do meu futuro.


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Masoquista - Parte dois

25 de dezembro de 2012, Natal.
Vontade e mais vontade. Um desconforto crescendo em minha consciência emergindo no meu corpo. Eu sabia do que precisava. Dor é isso que eu precisava. Seria o vinho me deixando maluquinha?
Só sei que precisava, ansiava, ainda com memorias da dor no dia anterior.
Tomando banho, lavava com força os cortes, dava tapas e sentia uma ardência ainda existente na pele.
Reuni um material caseiro no chão do banheiro e me sentei ali debaixo do chuveiro. Comecei com golpes secos nas coxas, seis, bumbum, e ahhhhh, meu sexo latejante.

Um pouco receosa coloquei prendedores em ambos os seios hesitando colocar nos mamilos. Era uma dorzinha leve e suave. Muito pouco para me acalmar dos meus surtos. Então coloquei um de cada lado dos pequenos lábios da minha vagina, um de cada lado do interior das minhas coxas e um no clitóris. Nenhum deles era tão delicioso quanto no clitóris, até que ele escorregou apertando ainda mais, puxando a pele, ardendo agoniando meu clitóris. Ai, eu gritei. Uma dor quente e molhada.
Respirei fundo e enfeitei meus seios com dois pregadores, depois um no clitóris de novo – delicioso – e decidi colocar no mamilo. Aflição e medo misturados. Agonia. Coloquei o primeiro. Uma dor sufocante, mas muito gostosa. Eu adorei a dor, mas me sentia inquieta com aquilo ali preso ao meu seio. Coloquei no outro mamilo também, e a sensação era que a dor passava de um seio para o outro, como uma corrente elétrica pelo meu corpo. Se expandindo mais e mais. Foi um total de dois minutos no máximo. Fiquei agoniada por aquilo, mesmo que a dor fosse suportável e prazerosa. Retirei o do meu clitóris e me masturbei deliciosamente com um vibrador. Ahhh, meus seios ainda ardendo aos maus-tratos, surrei-os com o cabo do pente, deixando-os vermelhos com vergões. Dor, dor, dor, prazer. Uma delicia de prazer. O clímax me tirou toda a sensação de dor do meu corpo, fiquei relaxada e completa, até voltar a realidade.
O resultado foi esse. Um bumbum cheio de marquinhas. E abaixo eu com lingerie delicadinha.




Beijos de Mel...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Obama propõe proibir venda de fuzil automático

Imagem tirada da pagina Rede Esgoto de Televisão no facebook.
Não venho aqui me passar por uma falsa moralista. Eu realmente sou passista e sou contra a violência - BDSM NÃO TEM NADA A VER COM VIOLÊNCIA, POR FAVOR HEIN - não admito desrespeito e preconceitos. Portanto, venho aqui dizer que estou um tanto chocada com Obama.
Primeiramente fiquei chocada quando vi um belo discurso em que ele dizia estar emocionalmente abalado pelas crianças que morreram naquele massacre nos Estados Unidos. Porque chocada? É bem simples, talvez você não saiba disso, mas Obama comando um exercito que mata todos os dias Palestinos, entre esses Palestinos existem homens, mulheres, idosos e crianças. Então porque ele fica emocionalmente abalado pelas crianças mortas pelo massacre, quando ele mata crianças todos os dias e nem se dá ao luxo de sofrer? Claro, a resposta é bem simples. Eles são cidadãos de seu país, os palestinos não são nada mesmo, né Obama?
Hipócrita.
Agora ele me vem propor a proibição de fuzil automático? Claro, as outras armas não ferem tanto quanto essa né Obama?
Só uma palavra o descreve: hipócrita.

Inconformada. Mas o que isso tem a ver com o assunto principal do blog? Tudo. Esse blog é para fins pessoais, no qual eu posto tudo que eu quero e acho interessante.

Beijos de Mel para adoçar essa noticia amarga.

Dr. Bobo House

Bom dia *---*


Eu adoro Dr. House e seu humor.

Beijinhos de Mel...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Alegrando a tarde com algumas piadinhas SM

Pra começar um casal inusitado.
O coelhinho da playboy decidiu ser masoquista.
Amador, o masoquista:
Quanto amor, rsrs
Primeiros passos no masoquismo
Diego o masoquista

Espero que tenham gostado... post divertido para descontrair.

Beijos de Mel com risos para você, ótima semana a todos.

Masoquista - Parte um


24 de dezembro de 2012, véspera de natal. Uma vontade imensa de sentir dor. De confortar o vazio em mim. 

Slapt, slapt, slapt. Vários golpes com o cabo de uma escova em minhas coxas. Elas passam do seu tom pálido, para um rosado e depois vermelho intenso. Hum, dolorosamente delicioso. Depois no bumbum. A pele esquentando, ardendo, Aiiii! Saia de minha boca gritos abafados. Não era suficiente.
Sentia-me apanhando sem causa. Não me deixava tão excitada quanto eu esperava. Tive uma ideia.
A lamina de aço cortante em minhas mãos cintilava. Eu a conhecia de outras travessuras. Então o primeiro – Ahhh, queima e arde – corte na minha coxa esquerda. Seguido de mais um, três, quatro, cinco, seis, sete cortes e vários golpes em cima deles com o cabo da escova. Delicioso. Fiz o mesmo na outra coxa, meu sexo estava devidamente pronto todo molhado de excitação, então golpes contra ele. Aiii, doeu muito. Uma dor quente e seca. Deliciosa.

Essa foi a minha primeira experiência masoquista. Tive um momento tristeza uma vez, e fiz cortes nos pulsos com o objetivo de espantar o meu vazio, tão pouco eu sabia que esse vazio era vontade. Mas com essa primeira experiência posso dizer que eu adorei. Porem estava vazio. Precisava estar a um domínio. Queria ser obrigada a contar os golpes, sentir o medo, o frio na barriga por não saber o que virá a seguir. Sinto-me incompleta.

Continua...

Beijos dolorosos de Mel.

Ausência


Ausência – Vinicius De Moraes
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a magoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados.
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como uma nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande intimo da noite
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém porque poderei partir
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a sua voz serenizada.


Em sua bela obra Vinicius De Moraes colocou tudo aquilo que sinto nesse momento. Uma ausência de tantas coisas e de nada ao mesmo tempo, sinto a ausência do desconhecido, do querer e não ter, da dor. Eu poderia ser feliz, mas realmente o que é ser feliz? Para mim é estar fazendo o que me deixa feliz, então eu não estou feliz. Porem no contesto social eu tenho tudo para ser feliz, mas só eu sei do vazio que tenho, da minha ausência.
Cada vez mais o desejo de ser de alguém me apodera, e isso é uma tortura impiedosa. Ser ou não ser? Tenho medo. Estou vazia. Eu quero. Eu quero ser posse de alguém, ser totalmente de alguém e poder ter alguém para chamar de Dono. E essa é a minha maior ausência.

Beijos de Mel...

Algumas lembranças e conexões


Depois de tantas reflexões a duvida que resta é: Eu realmente sou masoquista?

Eu queria poder ter uma certeza e responder a essa pergunta.
Vamos voltar no tempo. Adorava fazer exames de sangue, tomar injeções, sempre me imaginava num leito de hospital com vários acessos venosos em ambos os braços e sonda na vagina. Totalmente estranho para uma garotinha que nem 10 anos tinha ainda. Em nossa maquina do tempo, voltamos para os meus 7 anos, 1º série, conhecendo novas coisas desde educativo ao qualquer tipo de aprendizado. Eu tinha uma ligação muito forte com meu primo, aprendemos juntos sobre sexualidade. Tocávamo-nos, mesmo sem saber ao certo o que era exatamente, mas eu gostava da sensação.
Ainda na 1º serie, eu era uma Bad Girl, rebelde, não fazia o dever e por isso meu caderno era repleto de bilhetinhos da professora. A cada bilhete eu sentia um arrepio percorrer a minha espinha, eu sabia o que viria a seguir.
Quando eu chegava em casa, eu apanhava muito, chinelo, vara, tapas, uma vez apanhei com uma vara com espinhos. Cresciam vergões pelo meu corpo, nariz pingando sangue, a pele queimando das chineladas. Isso nunca me excitou. Muito pelo contrario. Eu tinha pavor de saber que ia apanhar.
Eu sempre fui muito compreensiva e com o tempo esse tipo de coisa ficou de lado. Não ligava para as coisas ruins que aconteceram na minha infância.
Aos 12 anos aprendi o necessário sobre sexualidade, quero dizer, dentro do contexto fisiológico. Eu ainda era virgem, porem cheia de vontades. Fantasiava a minha primeira vez sendo com um homem mais velho, numa estrada deserta, onde ele me jogava no mato e me estuprava. Ele segurava meus pulsos e me amordaçava com sua camisa suada. Eu só me assustava ao acordar e perceber o quanto eu estava excitada. Como eu poderia ficar excitada com aquilo? Eu pensava ser uma completa estranha.
Com o tempo, passaram a ser fantasias do tipo baunilha apimentada. Chicotes, algemas, vendas, acessórios mais básicos.
A minha primeira vez foi aos 15 anos. Totalmente inesperada, mas adorei. Era a primeira vez que via aquele homem, ele estava concertando meu computador, e não tirava os olhos da minha coxa. Logo percebi o que ele queria. Eu estava segura de que isso não iria acontecer, afinal, tinha o total controle sobre o meu corpo. Mas aconteceu, no muro da minha casa perto do asfalto, totalmente ao ar livre. Com um desconhecido. Foi maravilhoso, cheguei ao meu orgasmo pela primeira vez.
Depois disso tive outros relacionamentos do tipo baunilha, mas sexo sem compromisso. Sempre fui sedenta por sexo. Quando descobri o BDSM passei a ser ainda mais sedenta. Descobrir que aquilo que já existia no meu subconsciente poderia se tornar real, me deixou em êxtase. Querer novas experiências, é além disso, querer ser maltratada. Ser de alguém.

Beijos de Mel.  =*