CAPITULO UM – O
CAÇADOR E A CAÇA.
Um daqueles dias quentes na Flórida que nos deixa
preguiçoso.
Lutei contra a preguiça, me lembrando de que eu iria
me atrasar, isso me animou. Coloquei um vestido preto de mandas compridas de
renda, ele era curto, mas não vulgar. Ele era sexy. Uma sandália de tiras
grossas de couro preta. Estava bem
produzida para a tal balada que Holly queria que eu fosse.
Não era uma casa noturna comum, ela era glamorosa.
Parecia custar uma fortuna, fiquei pensando quanto valia aquele ingresso na
minha mão. Holly estava ao meu lado vestindo um vestido tubinho vermelho. Lindo
e combinava com seu cabelo loiro e olhos claros. Ela sorria para mim me
instigando com um olhar. Do lado de dentro parecia ainda mais luxuoso, como um
palácio decorado por um decorador do tipo heavy metal. Couro preto e vermelho
nos grandes sofás. Um bar enorme decorado com correntes e os barmans vestiam
roupas de couro preto e uma mascara vermelha. Só poderia pensa uma coisa disso
tudo. Sexy. As cores predominantes eram preto e vermelho. Eu e Holly parecíamos
parte da decoração também, isso me fez rir.
O DJ tocava um remix de um rock dos anos 60. Não
sabia ao certo que musica era, mas era familiar.
Um, dois, três, quatro, comecei a perder a conta de
quantos copos de whisky, cerveja, tequila, ou sei lá mais o que eu bebi. Meus
olhos giravam ao som e as luzes piscando sobre o mar de pessoas na pista de
dança do lado de baixo. As pessoas usavam roupas escuras também. Alguns
dançavam, outros conversavam ao longo dos sofás grandes.
Mesmo estando tonta vi um homem com um olhar frio e
quente em mim. Ele era alto e forte. Vestia uma jaqueta de couro preta, calça
jeans e uma camisa branca debaixo da jaqueta. Seu sorriso era largo e branco.
Perfeitos dentes alinhados sorrindo para mim. Ele estava rindo por me pegar de
surpresa admirando-o?
Senti minhas bochechas esquentarem sob seu olhar
intimidador, e fiquei feliz pelas luzes piscando, assim ele não me veria ficar
vermelha.
Porra! Aquele olhar era sedutor demais. Meu ventre
se contraia em deliciosas sensações. Apenas um olhar e ele me deixava
completamente hipnotizada. Não era um olhar qualquer. Era o olhar – sem duvida
– mais sedutor que eu já vira. Senti-me totalmente intimidada e seduzida por
ele.
Que loucura de sensações e sentimentos. Um conflito dentro
de mim. Eu estava me encolhendo sob seu olhar, parecendo indefesa demais para
lutar contra um intimidador como ele.
De repente o vi parado a minha frente.
— A jovem donzela me concederia uma dança? – Sua voz
também era sedutora e doce. Parecia uma seda vermelha. Ele se inclinou mantendo
os olhos nos meus, beijando a minha mão direita cordialmente. Seus lábios eram
carnudos e macios, causava-me arrepios na nuca. Ele era seguro nas palavras e
nos gestos.
Puta merda! Aquele gostosão estava me convidando
para dançar? Engoli o meu espanto junto com a saliva e parecia um nó em minha
garganta. Holly parecia estar intimidada também e aprovava com um belo sorriso
para mim. Eu sorri para ela e depois para ele. Dei um passo a frente e ficamos
cara a cara, seu olhar no meu, sua respiração em meu rosto, sua mãos grande e
segura ainda na minha.
— Adoraria dançar com o Senhor? – Minha voz soou
serena e sedutora.
Um vulto de espanto passou por seu rosto e logo ele
parecia quente novamente. Seus olhos incendiavam.
Uau, eu intimidei aquele homem? Talvez ele não fosse
assim tão diferente dos demais.
— Príncipe Robert. A Srtª se chama? – Perguntou ele
cauteloso.
Ele não era nem de longe digno de ser chamado de
príncipe. Tinha uma ótima aparência – já vi melhores – e ele falava muito bem.
Mas seu olhar quente e sedutor me passava à imagem de um grande cretino me
seduzindo. Eu adorava esse jogo.
— Princesa Sophia. De qual reinado vossa alteza é? –
Minha voz era brincalhona assim como eu estava. Divertindo-me com ele. Se ele
queria brincar comigo, bom, eu iria brincar com ele também.
A musica era suave o que nos permitia sentir o corpo
colado suavemente ao som romântico. Romântico? Parecia-me uma palavra impropria
para aquele lugar, aquele homem, aquelas sensações, talvez erótico fosse
melhor.
Por mais segura e intimidante que eu fosse, eu
parecia uma vitima sob aquele olhar quente. Um bichinho se escondendo. Por
vezes desviei meu olhar do seu, estava totalmente envergonhada. Mesmo com a
cabeça baixa próximo ao seu peito, eu sentia seu olhar em mim. Hum, ele
cheirava bem. Um cheiro sedutor de flores, cítrico e madeira. Uma combinação
perfeita.
— Itália. – Sua voz fez meu olhar encontrar o seu
novamente.
Assustei-me quando ele falou depois de longos
minutos sem dizer nada. Oh, ele estava mesmo jogando para me provocar.
O álcool ardendo no meu corpo, me deixava mais
corajosa que o normal. Deixava-me ousava para enfrenta-lo. Eu queria aquele
homem jogado na minha cama. Uau, que pensamento é esse? Que homem é esse que me
deixa assim? Eu tinha que dormir com esse homem, ele era tão quente que agitava
abaixo da minha virilha.
O seu toque era cauteloso e seguro. Sua mão estava
abaixo nas minhas costas, pouco acima do meu quadril. Esperava que essa mão
deslizasse mais abaixo.
— Venha! – Uma voz autoritária.
— O que? – Minha voz soou confusa, parecia estar
falando sozinha, sussurrando.
Passamos por alguns casais e fomos até o bar. Ele
segurava a minha mão o tempo todo me guiando como se eu fosse uma criança
perdida. Ele se sentou no banco do balcão do bar, fez um gesto para que eu
sentasse ao seu lado. Sentei-me cruzando as pernas vagarosamente sabendo que
ele teria uma ampla vista privilegiada da minha farta coxa. Foi o que ele fez,
olhou por todo o meu corpo, parando o olhar no meu. Eu sorria triunfante e ele
parecia seduzido por meu sorriso.
Aproveitei que ele olhou para o barman e admirei-o
melhor sob uma luz mais clara. Seus olhos pareciam iluminados, mas não
conseguia ver a cor deles. Pele um pouco bronzeada, cabelo escuro despenteado,
corpo forte, coxas grossas espremidas pela calça jeans. Absolutamente sexy.
Meu corpo se contorcia inquieto querendo mais que
aquele toque suave. Eu poderia agarra-lo ali mesmo. Iria me saciar em seus
lábios carnudos.
— Srtª Sophia, beba! – Mandão. Sua voz combinava com
seu jeito rude. Ele empurrou um copo com agua para mim no balcão. Quem ele
pensava que era para usar esse tom comigo? Ele estava mais para um pai protetor
cuidando de sua filha malcriada.
Senti-me pequena.
Bebi sem dizer nada. Eu precisava tomar um pouco de
agua para apreciar melhor o momento. Somente por isso eu não hesitei.
— Você me deixa frustrado. – Disse ele com uma voz
baixa, totalmente diferente da sua forma carrancuda.
— E porque eu o deixo frustrado? Tenho que admitir
que eu poderia deixa-lo intimidado – parei por um segundo quando seu olhar
encontrou o meu — ou seduzido. Tantas outras coisas, menos frustrado.
Ele pareceu incrédulo com o que eu disse. Sua boca
estava aberta com um olhar espantado.
— Sim, isso também. – Sua voz estava divertida
agora, ele era tão estranho. — Frustrado por você me intimidar, por você me
seduzir. Devo dizer que, eu intimido e eu seduzo. Nunca o contrario não da
forma como você o faz quero dizer. Você é ousada!
Oh meu deus! Eu o afetei tanto quanto ele me afetou?
Senti um sorriso triunfante em meus lábios. Missão
cumprida?
Desci do banco e ele ficou apreensivo. Seu olhar em
cima de mim a cada movimento. Aproximei-me dele – sim, eu queria fazer jus ao
que ele me chamou. Ousada – e sentei em sua coxa grossa. Passei os dedos nos
seus cabelos. Finos e macios. Ele fechou os olhos ao meu toque. Prendeu os
braços em volta do meu corpo. Meu hálito quente consolidava com o dele. Sua
respiração alterada como a minha. Uma estranha adrenalina pulsando no meu
corpo. Meu sexo latejando de tesão. Lábios com lábios. Língua com língua,
explorando, invadindo, sugando e saboreando. Um beijo erótico e intenso. Eu o
puxava pelos cabelos aproximando-o mais para dentro da minha boca.
Sua boca conectada a minha me fazia quere-lo
totalmente dentro de mim. Meu beijo estava mais para uma suplica de desejo. Eu
queria ele, agora.
Nossos lábios descansaram ainda próximos o bastante
para que ele sentisse meu hálito e o meu sussurro.
— Ousada?! – Minha voz soou irônica.
Ele fez uma cara feia, lábios numa linha reta e um
vinculo em sua testa.
— Vamos. – Dessa vez a voz dele era mais doce.
Pensei que ele fosse ser grosso como da outra vez.
Quando me mexi senti sua ereção apertada no jeans
esbarando na minha coxa. Aproveitei e esbarrei – totalmente proposital e
provocante – o meu traseiro em sua ereção. Delicioso. Suas mãos apertaram meu
quadril deliciando-se.
Andamos até a entrada da casa noturna e enquanto
esperávamos o carro com o manobrista enviei uma mensagem de texto para Holly:
Vou conhecer o Castelo do príncipe Robert. Te vejo amanhã, boa sorte :).
Uma grande limusine preta se aproximou. Fiquei de
boca aberta. Não era um manobrista, era um motorista particular. Puta merda.
Não consigo esconder o espanto no meu rosto.
Todos a nossa volta olhavam para a limusine, me
sentia poderosa. Entrei junto com ele. Era incrivelmente espaçosa – nunca havia
entrado em uma antes, por isso fiquei admirada como uma criança diante de um
brinquedo novo.
Estava perdida com todas essas emoções tão intensas.
Tudo porque ele era intenso demais.
Eu tinha absoluta consciência da minha segurança e
ousadia, mas também tinha que admitir que as bebidas ajudaram bastante.
Não me importei em olhar para onde estávamos indo.
Mantinha o olha baixo para as minhas pernas nuas. O que eu estava fazendo? Ele
poderia ser um psicopata doentio, e, no entanto eu estada indo de boa vontade
para... Aonde? Sua casa? Motel? Nem isso eu sabia.
Felizmente não pareceu durar nem quinze minutos.
Estávamos diante de um enorme portão. Adentro uma enorme mansão. Paredes de
vidro na parte debaixo da casa era uma sala de jantar com um enorme lustre.
Realmente lindo. Um palácio.
Sua mão apertava a minha me levando para dentro.
Depois pela escada e um longo corredor. Eu mal sabia para onde olhar. Eram
tantas coisas. Quadros, troféus, colunas de mármore por toda parte e paredes de
vidro com diferentes vistas. Ele soltou a minha mão agarrando ambos os lados da
minha face beijando meus lábios de forma agressiva, caloroso e excitante. Este
homem tinha uma conexão comigo de uma forma tão diferente que jamais sentirá
com outro alguém. Arrastava-me em seus fortes braços para dentro de um
quarto. Senti o coxão macio e firme nas minhas
costas quando ele me atirou nele. Seu olhar era de um caçador. Eu me sentia
como a sua caça.
Post atrasado, mas consegui posta-lo.
Beijos de Mel...






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